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Oz: Mágico e Poderoso – Review

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Com uma bela introdução à la O Mágico de Oz, inicia-se Oz: Mágico e Poderoso (Oz the Great and Powerful, 2013), que estreia nesta sexta-feira em todo o país em versões 2D e 3D – esta, espetacular. Mas o que, realmente, inebria no novo filme do diretor Sam Raimi é o universo que seu protagonista encontra lá pelos quinze minutos de projeção.

Oscar (James Franco) é um ilusionista charlatão que ganha a vida enganando um modesto público num espetáculo circense fuleiro. Sonha, porém, em se tornar um grande mágico, capaz de realizar grandes feitos. No meio de uma tempestade, é transportado num balão para a Terra de Oz. Quando chega lá, descobre – junto com o espectador – um mundo hipnotizante, de cores fortes, criaturas exóticas e paisagens idílicas.

Encontra também uma bruxa que se diz cheia de boas intenções, a bela Theodora (Mila Kunis). Tão boas quanto as de sua irmã Evanora (Rachel Weisz), outra feiticeira, que lança uma missão ao jovem mágico: matar a bruxa má que assombra a Terra de Oz. Em troca disso, Oscar ocupará o trono do local e terá riquezas vitalícias. Nem tudo, entretanto, é o que parece nesse acordo: Glinda (Michelle Williams, a melhor do ótimo elenco), a tal criatura maléfica, não passa de uma guardiã do lugar; e Oscar, que ninguém ouse saber, não passa de um impostor egocêntrico e interesseiro.

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Vivaz e deslumbrante, Oz é um filme para ver duas vezes. Na primeira, com os olhos: depois de levado pelo furacão, cada novo plano é uma descoberta ao protagonista e ao público – são câmeras que exploram sem medo a vasta localidade, efeitos especiais dos mais bem acabados e uma direção de arte de tirar o fôlego. Na segunda vez, com o coração: pelo caminho, Oscar vai levar consigo ajudantes cruciais no desenrolar da história, um macaquinho alado (que se torna sua consciência) e uma boneca de porcelana – duas preciosidades da computação gráfica e da concepção de personagens.

Adaptado de um dos livros da série escrita pelo americano L. Frank Baum, Oz: Mágico e Poderoso pode decepcionar quem procura por um leão covarde, um espantalho sem cérebro e um homem de lata enferrujado. E aqueles que esperam ser atingidos por melodias cativantes, então, ficarão frustrados.

O grande poder do filme se revela no mundo recriado por Raimi, e também na desconstrução de seu protagonista. A viagem é verdadeiramente inesquecível. Tanto que Oscar, depois de por ela passar, aprende que melhor do que ser um mago poderoso é ser um homem bom – e que os frutos provindos desse estado de espírito são muito mais compensadores.





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